Desde aulas em formato virtual ao uso de jogos e recursos digitais na sala de aula, passando pela simples publicação do progresso dos alunos em plataformas online da escola, o panorama educativo está em evolução à medida que a tecnologia também avança. Perante este cenário, os pais e encarregados de educação têm uma oportunidade única de participar ativamente na jornada de aprendizagem das crianças, inclusive nas rotinas de estudo em casa.
Uma forma de o fazer é ao incorporar jogos educativos, que, além de alimentarem o aluno com o conteúdo que está a ser estudado, também podem proporcionar momentos divertidos de aprendizagem em família.
O poder dos jogos educativos
Resumidamente, jogos didáticos têm a capacidade de construir uma ponte entre a aprendizagem tradicional e as experiências interativas e informais que a tecnologia fornece aos jovens fora da sala de aula. Além de trazer uma série de benefícios, como a captação do interesse e da motivação ou o incentivo à autonomia e à resolução de problemas, esta ferramenta ajuda a orientar o estudo. Através do feedback fornecido pelas pontuações, o aluno consegue perceber que conteúdos estão consolidados e quais necessita de rever.
Abaixo, compilamos algumas sugestões a ter em conta na implementação de jogos educativos na rotina do seu filho.
7 dicas para pais e encarregados de educação
1. Optar por jogos de qualidade
Selecione jogos divertidos que estejam alinhados com o nível de ensino do seu educando e com os conteúdos que ele está a estudar. Além disso, é importante que estes tenham em conta as metas curriculares em vigor para cada disciplina.
2. Definir objetivos de aprendizagem
Defina claramente os objetivos de aprendizagem para cada sessão. Para tal, é necessário perceber quais são as disciplinas e conteúdos nos quais o seu educando tem mais dificuldade ou, por outro lado, quais vão ser avaliados. A investigação científica já demonstrou que a Aprendizagem Baseada em Jogos funciona particularmente bem em disciplinas com uma componente mais visual, como Matemática e Ciências.
3. Criar um horário
É possível integrar os jogos educativos na rotina diária do estudante, reservando um tempo específico para jogar (fazer algumas sessões por semana já é suficiente), garantindo que isso não interfere nos trabalhos escolares ou noutras responsabilidades.
4. Monitorizar o tempo de ecrã
Embora os jogos didáticos tenham múltiplos benefícios quando usados como ferramenta de estudo, é essencial criar um equilíbrio entre o tempo passado em frente ao ecrã e outras atividades. Estabeleça limites de tempo e incentive uma variedade de métodos de aprendizagem e lazer.
5. Participar ativamente
Fortalecer os laços afetivos e obter uma compreensão mais profunda do progresso de aprendizagem, dos desafios e dos interesses do seu educando pode ser facilmente alcançado ao participar ativamente nas sessões de jogo. Ao envolver-se nessas atividades, não só é possível criar um espaço de conexão e interação, mas também demonstrar o seu apoio à jornada educativa do seu filho.
Estar presente durante as sessões de jogo permite observar como o aluno aborda problemas, toma decisões e lida com desafios, o que abre portas à orientação e incentivo personalizados.
6. Fazer perguntas
Durante as sessões de jogo, faça perguntas abertas que incentivem o jovem a refletir mais profundamente sobre os conceitos com os quais está a interagir. Discutam estratégias, soluções e abordagens alternativas.
7. Manter o entusiasmo
Introduza uma variedade de jogos educativos para manter a experiência de aprendizagem fresca e entusiasmante. Além disso, celebrar conquistas, marcos e melhorias pode criar uma atitude positiva em relação ao estudo, aumentando a motivação.
Ao abraçarem a gamificação como uma ferramenta poderosa na jornada educativa dos alunos, os pais e encarregados de educação podem cultivar o gosto pelo estudo e promover competências essenciais que vão muito além do sucesso académico. Não se trata só do jogo educativo, mas também das experiências afetivas e de aprendizagem que este proporciona.
Fontes:
Cheng, M. T., Huang, W. Y., & Hsu, M. E. (2020). Does emotion matter? An investigation into the relationship between emotions and science learning outcomes in a game‐based learning environment. British Journal of Educational Technology, 51(6), 2233-2251.
Divjak, B., & Tomić, D. (2011). The impact of game-based learning on the achievement of learning goals and motivation for learning mathematics-literature review. Journal of information and organizational sciences, 35(1), 15-30.
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